Por que mulheres são uma minoria no mundo da computação?

 Por que mulheres são uma minoria no mundo da computação?

As mulheres têm desempenhado um papel fundamental no mundo da computação desde os primeiros dias da era da computação, contribuindo significativamente para o desenvolvimento e avanço dessa área. Alguns exemplos disso são Grace Hopper (desenvolveu o primeiro compilador), Jean E. Sammet (uma das primeiras programadoras do computador IBM), Shafi Goldwasser (contribui com avanços nos campos da criptografia e da teoria de complexidade computacional) e muitas outras.



No entanto, mesmo com tantas contribuições sendo feitas por mulheres nessa área desde o seu surgimento, elas se encontram como em uma minoria significativa quando comparadas a quantidade de homens que atuam nesse mesmo campo. “Unlocking the Clubhouse: Women in Computing" é um livro seminal escrito por Jane Margolis e Allan Fisher. Publicado em 2002, que oferece uma análise profunda das questões de gênero na computação e examina justamente o por que de as mulheres estarem sub-representadas nesse campo.


O livro aborda diversos tópicos em torno das mulheres na computação, e mostra que elas se encontram como uma minoria nessa área não por possuírem uma capacidade menor do que a dos homens, mas sim devido a uma complexa interação de fatores sociais, culturais e institucionais. Questões como estereótipos de gênero, cultura da computação e a importância do apoio social são explorados e se fundamentam em cima de pesquisas extensas, incluindo entrevistas e estudos de caso em escolas e universidades.









O artigo “Gender Differences in Collaboration Patterns in Computer Science” aponta que múltiplos estudos mostram que a quantidade de mulheres dentre pesquisadores na área de ciência da computação gira em torno de 15-30%. E como pode ser claramente observado pelas mulheres citadas como exemplo anteriormente, e pela incrível quantidade de feitos realizados por inúmeras outras no campo da ciência, essa porcentagem não deveria ser tão baixa.


Devido ao longo período no qual o campo da ciência foi composto majoritariamente por homens, a realidade na qual os dois gêneros se encontrem em quantidades similares na área da computação não é vista como uma verdade ainda. E para mudar isso de forma gradativa, é necessário que as escolas e universidades adotem práticas e políticas mais inclusivas para atrair e reter mulheres na ciência da computação, dando uma educação desde cedo e criando ambientes inclusivos. Um engajamento da comunidade também se faz necessário, justamente para que esse grupo se sinta à vontade para entrar na área, e assim com o tempo mais e mais mulheres entrarão na área da computação.


Integrantes: Murilo Matias, Raul Leão, Ryan Breda.

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